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ISSN 0102-8529 (Impresso)
1982-0240 (Online)
PUC-Rio - Página inicial Instituto de Relações Internacionais Revista Contexto Internacional

Vol. 39, N° 3, Sep/Dec, 2017

Security for Show? The Militarisation of Public Space in Light of the 2016 Rio Olympic Games

Segurança à Mostra? A Militarização do Espaço Público à Luz dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio Veronica F. Azzi


Abstract

This article aims to analyse the increasing militarisation of public space in the Brazilian city of Rio de Janeiro, particularly on the eve of the 2016 Olympics. To this end, I briefly discuss how the concept of militarisation has been historically approached in the International Relations literature, namely within the security field. In the first section, I address the nature of the domestic security challenges Brazil faces as a developing country. In the second section, I show that the public security challenge of organised crime in Rio was securitised and confronted by increasing militarisation over the years as a result of a specific model of neo-liberal social control carried out by the country. I then analyse Brazil’s Olympics security scheme carried out in order to portray Rio as a safe city to the world. In the last section, I highlight the contradictions between accounts on the collapse in domestic security vis-à- vis official government statements to the international media to assure that ‘nothing would go wrong’ during the mega sports event. The idea is to show how the militarisation of public security, rather than mere governmental efforts to signal stability to the international community during the Olympics, is a trend likely to outlast the event that implies not only, but mainly, the perpetuation of insecurity.

Keywords: (In)Security; Securitisation; Militarisation; Global Cities; Neo-liberalism; Rio 2016 Summer Olympics.


Resumo

Este artigo pretende analisar a crescente militarização do espaço público na cidade brasileira do Rio de Janeiro, particularmente às vésperas dos Jogos Olímpicos de 2016. Para tanto, discuto brevemente como o conceito de militarização foi historicamente abordado na literatura de Relações Internacionais, especificamente no campo da segurança. Na primeira seção, abordo a natureza dos desafios de segurança doméstica que o Brasil enfrenta enquanto país em desenvolvimento. Na segunda seção, mostro que, ao longo dos anos, o desafio da segurança pública para o crime organizado no Rio foi securitizado e acompanhado por uma crescente militarização resultante da adoção de um modelo específico de controle social neoliberal no país. Em seguida, analiso como o esquema de segurança dos Jogos Olímpicos do Brasil visou retratar o Rio como uma cidade segura para o mundo. Na última seção, destaco as contradições entre diferentes concepções acerca do colapso da segurança interna vis-à- visas declarações oficiais do governo para a mídia internacional, de modo a garantir que “nada daria errado” durante o megaevento esportivo. Argumento que, ao invés de meros esforços governamentais para difundir a ideia de estabilidade para a comunidade internacional, a militarização da segurança pública constitui uma tendência que deve se estender para além dos Jogos Olímpicos, e cujas implicações incluem não apenas, mas principalmente, a perpetuação da insegurança.

Palavras-chave: (In)Segurança; Securitização; Militarização; Cidades Globais; Neo-liberalismo; Jogos Olímpicos Rio 2016.

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